ERRO TÉRMICO
Quando a virose não era ainda uma pandemia, epidemiologistas e outros otimistas tropicais, vendo a destruição restrita ao inverno do hemisfério norte, acreditaram que regiões de clima quente estariam livres de contágio.
Menos de três meses depois, estas observações perdem força.
Um exemplo é a ocorrência de 31 casos confirmados em Sousa, no alto setão paraibano.
Quinze dias depois de flexibilizar as medidas restritivas com a abertura do comércio, incluídos bares, a ocorrência da primeira morte pelo coronavírus, fez o prefeito Fábio Tyrone voltar atrás.
A cidade no Vale dos Dinossauros, está em lockdown.
O vírus que saiu dos -10°C de Wuhan, só pode ter sofrido muita mutação antes de pegar a transamazônica paraibana e desembarcar na cidade sorriso.
(Publicação original em 12/05/2019)
PSICININHA, AMORPassar uns dias de verão em Sousa é programa que se deve recomendar só aos piores inimigos.
Ou pra quem tenha namorada com família na cidade sorriso, nas festas de Natal.
Para aquele calor saariano, nada melhor que um banho de piscina.
Foram precisos mais de 40 anos para o cancioneiro popular reconhecer outras utilidades balneárias, além da refrescância:
‘Piscininha amor, piscininha amor…Ótimo pra gente namorar, hein…’
Recomendados por sócio-proprietário, tivemos acesso ao Clube Campestre e seu banho quase térmico.
Fiquei só no semicúpio.
Antes do primeiro mergulho, fui abordado por um senhor que se apresentou como diretor do sodalício.
Minha retirada do recinto estava sendo determinada por infração ao dress code.
Sungas eram proibidas.
Mesmo as que hoje são chamadas de sungões.
Ali, só calção com perna.