26 de abril de 2024
CoronavírusEducação

ESCOLA RISONHA E NOVA

 

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O que parecia transitório, poderá ser mais permanente que possam imaginar a clássica psicopedagogia e os modernos discípulos de
Piaget.

Método imposto por comitês científicos sem ouvir educadores infantis e intubados goela a baixo por decretos governamentais, o ensino não será o mesmo depois que o golpe da contaminação for absorvido.

Será cada vez mais híbrida a metodologia a ser adotada pela escola pós-pandêmica.

Para continuar franca, vai ser preciso muito álcool em gel para retirar o bolor acumulado nos manuais das boas práticas do ensino convencional.

As fases de desenvolvimento não poderão continuar com classificação que desconsidere capacidades e habilidades com equipamentos, engenhocas, gadgets e similares eletrônicos.

O que era rotulado de transtorno da atenção passará a ser inabilidade do professor em manter  o interesse no conteúdo didático.

Desvios do padrão da normalidade, antes comuns em diferentes estágios da infância, serão obrigatoriamente reavaliados.

Como continuar carimbando de anormal, a hiperatividade de um fera no joguinho que faz campeão quem mais pontos alcançar no frenético bate-dedos, na telinha do tablet?

Déficit de atenção em quem além de ligado, anda sempre plugado, está a merecer reanálise.

O período  de introspecção e foco nos desafios das vidas virtuais, sem revisões, só alargarão  o espectro e o tamanho da  geração rotulada com a sentença perpétua de transtorno autista.

Não dá pra imaginar que depois de tanto tempo isoladas no ambiente doméstico, convivendo com poucas pessoas, cumprindo torturante rotina, as crianças aceitem continuar confinadas e afastadas das babás e mamães eletrônicas.

Nascidos num mundo inundado de tecnologia, da vida uterina guiada por ultrassom para o primeiro smartphone precoce, foi um passo, precedido de muito pouco engatinhar.

Preparar os jovens para o futuro, cidadãos conscientes das responsabilidades, defensores da natureza e da sustentabilidade do planeta, perseguidores de vida mais longa, saudável e feliz,  continuará a missão da escola.

Desta vez, são os mestres que precisam reaprender a transmitir conhecimentos para alcançar estes objetivos.

O que não interessa e não tem futuro,  será eliminado das grades curriculares por absoluta falta de motivação e utilidade.

Estima-se que mais da metade das profissões que os que estão sendo alfabetizados exercerão, sequer existam hoje.

A imensurável mudança que passa a humanidade, pede ensino adaptado ao novo mundo.

Ele já começou.

Veio pra durar e em novas cepas, sofrer mutações, ser decifrado, entendido, aprendido e  ensinado.

É tempo de mudar de fase.

The (old) game is over.

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