30 de abril de 2024
Imprensa Nacional

Núcleo duro do Bolsonarismo põe apelido de “traidor” para governador Tarcísio de Freitas

Em política, as desavenças não costumam ser para sempre. Reviravoltas são usuais.

Mas nesta semana a linha que separava Jair Bolsonaro de Tarcísio de Freitas virou um fosso. Será preciso um enorme esforço para remendar o estrago feito na relação dos dois.

Bolsonaro e o seu entorno não aceitaram a posição do seu ex-ministro em favor da reforma tributária, como se sabe. E muito menos a entrevista em que o governador apareceu amistosamente ao lado de Fernando Haddad, na quarta-feira.

O estresse ontem chegou ao ponto de Bolsonaro ter vetado a presença de Tarcísio numa reunião fechada marcada para manhã de ontem na sede do PL.

Só após muita insistência de Valdemar Costa Neto Bolsonaro topou que o governador paulista fosse convidado.

O encontro, marcado para às 8h, reuniu Altineu Côrtes, André do Prado (presidente da Alesp), além de Valdemar, Bolsonaro e Tarcísio discutiu a votação da reforma tributária.

Na reunião, que se prolongou por duas horas, Bolsonaro pregou o adiamento da votação. Tarcísio discordou.

Depois, no encontro público à tarde, com as bancadas federais do PL, o clima de guerra contra o governador ganhou mais musculatura, sobretudo com os discursos de contestação a ele que se espalharam pelas redes.

A ponto de, no fim do dia, o entorno de Bolsonaro quase que em uníssono passar a chamar assim o governador:

“Tarcísio é o novo Doria”, ou seja, um “traidor”.

Por Lauro Jardim no Globo 

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