30 de abril de 2024
ComportamentoSexualidade

OnlyFans: um marco na centenária indústria pornográfica

Uma pesquisa recente feita pela consultoria Absolute Markets Insights apontou que, apenas em 2019 e somente na internet, o negócio global do pornô movimentou US$ 35,2 bilhões. Para o ano seguinte, o crescimento anteriormente previsto era de pouco mais de 15%, mas essa estimativa foi superada com folga em consequência de um “imprevisto” que forçou quase toda a população mundial a ficar em casa, a pandemia da Covid-19.

Em resumo, o novo coronavírus mudou drasticamente a forma como conteúdos pornográficos são consumidos e, acima de tudo, produzidos. Mais pessoas em casa gerou um aumento do consumo desses produtos. Pessoas estressadas, isoladas e entediadas em razão de uma doença que as obrigou a mudar de rotina, por sua vez, tendem a gastar mais. E como a demanda atrai dinheiro, o resultado disso foi o surgimento de um Vale do Silício virtual que tem nos prazeres carnais, aliados à tecnologia, sua fonte de receita.

Apenas em 2020, o primeiro ano da Covid, o tráfego de sites proibidos para menores aumentou mais de 20%. E entre esses, um dos maiores destaques foi o britânico OnlyFans, espécie de Tik Tok para adultos em que profissionais e amadores produzem vídeos e imagens em troca da cobrança de valores que podem variar entre R$ 25,00 e R$ 250,00 mensais pela assinatura do serviço.

Fundado em 2016 por Tim Stokely, executivo britânico com vasta experiência no ramo do voyeurismo, o OnlyFans conta atualmente com 2 milhões desses usuários que postam material caliente para mais de 130 milhões de pessoas que os consomem. Em 2021, as receitas da plataforma ultrapassaram US$ 1,2 bilhões de dólares, e seu valor de mercado estimado é de US$ 1 bilhão.

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