27 de abril de 2024
Nota

Ora direis, ouvir Trump …

O ex-presidente Donald Trump inicia campanha em Hialeah, Flórida, 13 de março de 2024 (Pedro Portal/El Nuevo Herald/Tribune News Service via Getty Images)


Byron
  Iorque é o principal correspondente do Washington Examiner.

No último dia 15 de março ele participou de um jantar na residência do ex-presidente Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.

Entre centenas de apoiadores, aproveitou o entusiamo coletivo para  saber o que se passa por debaixo do topete que nunca se desmancha.

A pergunta fundamental foi saber se Trump chegou a pensar  que estava politicamente acabado.

“- Não, nunca senti isso”, disse Trump. “Porque sinto um amor das pessoas. Sinto a multidão e sinto um amor. Eu nunca senti isso – apenas nunca senti isso.”

Se  achou que poderia concorrer à presidência novamente:

“Achei que sim, porque me achava muito popular. Eu sabia que ganhei a eleição.”

“Se eu sentisse que perdi a eleição, não teria feito isso. Você entende, ‘aquilo’ ? Espero que faça sentido. Se eu sentisse que tinha perdido a eleição, não teria feito isso. Mas eu sabia que ganhei a eleição por muito. Eu não tenho dúvidas. E por falar nisso, 78% das pessoas também não, quando você olha. E não se pode permitir isso, onde uma grande maioria das pessoas num país pensa que as eleições são fraudadas e roubadas. E você também não pode ter fronteiras abertas. Você não pode ter certas coisas.”

“Isso não significa que eu esteja fazendo campanha em si . Mas tivemos um amor tremendo, um espírito tremendo desde aquele dia – isso não foi interrompido até 6 de janeiro.”

“O dia 6 de janeiro foi um protesto contra uma eleição fraudulenta. Foi assim que foi o dia 6 de janeiro. Não foi nada mais. Foi um protesto contra uma eleição fraudulenta. E aqueles que deveriam ser perseguidos  são as pessoas que fraudaram as eleições, não as pessoas que protestaram.”

“Todo mundo está apaixonado por mim agora”, disse ele.

“Você sabe porque? Porque Biden é ruim. Ele é tão ruim.”

“Ele é um péssimo presidente”, continuou Trump.

“Eles (os adversários democratas) odeiam a guerra jurídica que está sendo feita. Não gosto de dizer, porque nunca aconteceu antes, mas acho que minha popularidade aumentou em 25%.”

O experiente repórter conclui que Trump confiará no que considera uma lealdade inigualável entre a sua base de apoiadores.

Examinando a cena em Mar-a-Lago, Trump lhe disse:

“Olha, você só precisa ver uma pequena dose disso. Na verdade, há mais espírito agora do que eu já vi antes.”

O tradutor da matéria tem todo o direito de imaginar o que se passa pela cabeça do ex-presidente brasileiro, em situação assemelhada ao colega norte-americano.

Basta trocar o 6 pelo 8 de janeiro, para brotar a pergunta:

Será Bolsonaro, o Trump amanhã?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *