4 de maio de 2024
Política

PESQUISA É DOCE, MAS NÃO É MOLE NÃO

Les Demoiselles d’Avignon, As Damas de Avignon (1907) – Pablo Picasso – Museu de Arte Moderna, MoMa, Nova Iorque

Qual um  Ibope, mas sem mudar de nome, o mais conhecido instituto de pesquisas de Morro Branco está de volta ao mercado não gratuito de palpites eleitorais.

A entidade, ainda clandestina e não registrada, não faz mais trabalho de campo.

Não colhe, não planta, não tabula, não margeia, nem acochambra resultados.

Simplesmente, empregando o consagrado princípio  de que todo tiquinho é pouco, em vez de provar uma colher da sopa para saber de que é feita, toma um prato fundo, antes de  concluir se  o cozinheiro arrochou no sal.

Entrevistado em off, o CEO da empresa deu a entender que basta  ouvir certos  segmentos  da sociedade, para o resultado coincidir com o das urnas eletrônicas livres de auditosantes artificiais.

O pulo do gato é pesquisar os setores que realmente contam, elegem e deselegem.

Para saber como continuarão votando os membros do poder judiciário, em todas as suas esferas, instâncias e comarcas, basta prospectar com algoritmos e inteligência artificial, as decisões recentes do STF.

O placar será múltiplo de 9X2,  em favor do candidato que nunca deixou de confiar, nem teve a petulância de dizer algum dia, que seus  mais supremos ministros estivessem acovardados.

O método empregado utiliza a mais inverossímil tecnologia “deep fake” que faz Guilherme Bonner voltar a dividir a tela do Jornal Nacional com canos de esgoto de 900 polegadas, vomitando esquemões de corrupção, e acusando um único mentor, como il capo di tutti capi.

Basta ouvir os veículos de imprensa consorciados para saber que o resultado da eleição só não será por unanimidade e aclamação, por conta do negacionismo dos velhos jornalistas da Jovem Pan.

Não é preciso gastar nem um pouco do suado dinheirinho da Lei Rouanet para descobrir com quem estará a classe artística, exceção das duplas sertanejas.

É como ouvir um disco dos Doces Bárbaros, com participação de Chico.

Ao contrário dos congêneres que atribuem altos índices de rejeição ao candidato machista e misógino, o The White Hill Institute afirma que é no público feminino, onde repousam o mais fiel apoio e as esperanças da disputa ser levada ao segundo turno.

Tudo está dependendo somente das Tias do Zap.

A Tragédia, Pobres à beira-mar (1903) – Pablo Picasso – Galeria Nacional de Arte, Washington DC

  

2 thoughts on “PESQUISA É DOCE, MAS NÃO É MOLE NÃO

  • Geraldo Batista de Araújo

    Não dá para desgostar do cronista que de aprendiz não tem nada. Ele ficou maduro faz tempo. Mas gosto não se discute.

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  • Não adianta se as ruas dizem o contrario da maioria das pesquisas então o procedimento de pesquisa esta TAO RUIM QUANTO CARO. Quem odeia as mulheres e quem acha que fingir que canta e ter uma dança que parece um episodio de tremedeira durante um ato sexual e arte. defendem a beleza e acham que tudo tem que ser visto como belo. E ai cancelam os CRITICOS SERIOS por que NÃO QUEREM de fato evoluir além da conta bancaria.

    Resposta

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