VANTAGEM ORLOFF
Quando Cristina Kirchner aceitou ser candidata a vice, a mesma jogada política foi imaginada no país hermano (pero non mucho).
Em dois anos, as águas continuarão correndo sob as pontes políticas e ninguém sabe o que pode sair das barrigas dos supremos ministros.
(Publicação original em 26/10/2019)
A MILONGA DA HORA
Bons economistas sabem que para explicar teorias ou fazer previsões entendidas, melhor é esquecer o economês e falar no popular.
Há 50 anos, jogador de futebol nem era considerado atleta. Podia até fumar, sem arranhões na imagem.
Desde que fizesse goals e levasse os times às vitórias.
Gauche no esporte, o canhotinha de ouro não dispensava suas tragadas legais, nem nos intervalos dos jogos.
Campeão do mundo, no universo da TV em preto e branco, virou nome de lei.
Nunca revogada.
Certo?
No país do milagre econômico, os 90 milhões de técnicos de futebol, viraram 210 milhões de engraxates de Rockefeller.
Como as frentes frias que castigam os estados do sul, as tempestades econômicas também têm origens austrais.
Atingem primeiro nossos hermanos mais rivais e avisavam que estão chegando.
Somos eles, amanhã.
Com o mesmo pedigree sindical, amparado pela mesma lei, sob o mesmo efeito e com tanto milongueiro por aqui, não há dúvida. Ele sim.
Livre, vai querer ser vice também.