26 de abril de 2024
ABZ LAB

2021 começa tomado por tendências e influências de (in)visíveis movimentos paradigmáticos

fredom90

POR AUGUSTO BEZERRIL

@augustobezerril

[email protected] 

Primeiro dia, digamos produtivo, de 2021. O show da virada do ano foi um espetáculo, para alguns, um tanto quanto constrangedor. Para outros o sossego de ser apoiado até pelo Papa trouxe um pouco de alento ao estoicismo de ficar no seu próprio quadrado. Se nem Francisco sabe ao certo o que nos aguarda nos meses do ano começado, um tanto de gente crê no início da Era de Aquário. Se levarmos os ciclos intervalares da história, a regência do coletivo sobre o egoísmo deve chegar ao auge daqui a 500 anos. Se lembrarmos da cantilena dos gurus da prosperidade capazes de recorrer ao estrangeirismo do stakeholder como forma de nominar quem tem o ganha-pão análogo ao precário, senão degradante, o Papa Francisco deve rezar para que algum otimista coach do  feliz fim do mundo professe como noção de soft skill, ter a proposição (mesmo que seja pelo mais calhorda instinto de sobrevivência) a luta por menos desigualdade e a urgente reversão predatória do meio ambiente. A casa é redonda, gira, mas seria bom colocar a sandália da humildade da finitude de recursos materiais e imateriais. Dá mesmo para alterar mindset? O novo sempre foi now.

WE ARE….

Como fenômeno social, antropológico e, podemos dizer, político, as modas (são várias) se inserem no puzzle contraditório da mudança de paradigmas, movida especialmente pelas alterações das placas da geopolítica. A máscara – tão comum na paisagem do Oriente – se converteu em item de um novo tempo para o Ocidente. De um certo modo, não usar máscara e fazer festa ao mar podem ter justificativa de não submissão ao “colonialismo“. Algumas almas penadas, no entanto, que o preço da subversão é alto. E mesmo que o Papa (voltamos ao argentino mais uma vez) entoe o tango da tristeza, há quem creia que Deus é brasileiro. E ponto. A passagem de ano mostra, nada além, a máxima de jogar luz de “sol”  à existência de um “rebanho” feliz em passar – por aqui, por lá –  sem máscara como sinal de otimismo e, sobretudo, poder. A ordem excludente só não vinga entre alguns muitos voltados para (sub)paradigmas de (determinados, mesmos) grupos em emancipação. O que as modas têm com isso? Faz-se tradução de um caldeirão multicultural cujo caldo não deve ser conhecido propriamente em 2021. Depois de uma década perdida, vamos ter de esperar mais.

MACABÉIA 

O delirante de frases tidas como crias de Clarice Lispector não anima muito, ao menos a mim, apontar tendências. Tudo é muito verão. Época de renascer em ambiente marinho. Então você nem se dá conta mas um ovo de tartaruga que você, feliz da vida, pisa ou passa o carro por cima finda ali sem chegar ao mar. A hora da estrela é como você fizer. Há otimismo no pessimismo. Ou nada é, assim, como se apresenta. Segue, aqui, um desejo de um novo novo.

Foto ABZ Lab

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *