A polêmica da Cloroquina deve sobreviver à CPI
Quem pensava que a polêmica do uso da Hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19 estaria terminada com a CPI do Senado, pode estar enganado.
A droga há muito usada para malária, artrite reumatóide e lúpus, reposicionada, continua sendo empregada contra o coronavirus. E estudada.
O Washington Examiner, jornal de perfil conservador, ligado ao Partido Republicano, divulgou ontem trabalho que pode oferecer munição para a tropa de choque do governo brasileiro.
O título da reportagem é de animar o Senador Luiz Carlos Henzel:
Estudo mostra que os tratamentos com hidroxicloroquina e zinco aumentaram a taxa de sobrevivência ao coronavírus em quase três vezes.
Segue, resumo da matéria assinada por Andrew Mark Miller:
Um novo estudo mostra que a polêmica droga hidroxicloroquina apregoada pelo ex-presidente Donald Trump aumentou a taxa de sobrevivência de pacientes com coronavírus gravemente enfermos.
O estudo observacional, publicado pela medRxiv, descobriu que a droga antimalárica hidroxicloroquina, junto com o zinco, pode aumentar a taxa de sobrevivência do coronavírus em até quase 200% se distribuída em doses mais altas para pacientes ventilados com uma versão grave da doença.
“Descobrimos que quando as doses cumulativas de dois medicamentos, HCQ e AZM, estavam acima de um determinado nível, os pacientes tinham uma taxa de sobrevivência de 2,9 vezes a dos outros pacientes”, afirma a conclusão do estudo.
O estudo acrescenta: “Ao usar a análise causal e considerando a dose cumulativa ajustada ao peso, comprovamos que a terapia combinada aumenta muito a sobrevida em pacientes Covid em ventilação mecânica e que a dose cumulativa de HCQ> 80 mg / kg funciona substancialmente melhor.
Esses dados ainda não se aplicam a pacientes hospitalizados que não estejam em ventilação mecânica.