Artistas potiguares expõem na Bienal Naïfs do Brasil; Aldenor Prateiros e Nilson são nomes do RN
POR AUGUSTO BEZERRIL
@augustobezerril
Está aberta ao público, no Sesc Piracicaba, a 15ª Bienal Naïfs do Brasil. E Aldenor Prateiro e Nilson são os nomes potiguares na Mostra. Com curadoria de Ana Avelar e Renata Felinto, a Bienal reúne 125 artistas de 21 estados do país, além do Distrito Federal. A partir do tema Ideias para adiar o fim da arte – uma referência direta ao pensamento do líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro Ailton Krenak e ao filósofo e crítico de arte americano Arthur Danto -, a exposição traz 212 obras em suportes diversos. São instalações, pinturas, desenhos, colagens, gravuras, esculturas, bordados, marcheteria e entalhes. Em diálogo com o corpo expositivo, as artistas Carmela Pereira, Leda Catunda, Raquel Trindade e Sonia Gomes integram a mostra a convite das curadoras.
ARTE POESIA
Aldenor Prateiro expõe dois trabalhos: Romaria e Donzelo. As obras, conta o artista conhecido pelo trabalho em prata, têm forte inspiração nas obras de Manoel dede Barros. “Tenho algumas fases na minha trajetória. Iniciei trabalhando só com prata, daí o Prateiro, criando jóias e adornos para chapéus, cachimbos. Tudo isso compôs minhas duas primeiras coleções em 2015/2016. Depois (re)visitei as poesias de Manoel de Barros e, num primeiro momento, encantei-me com os seres e coisas insignificantes que rastejam, voam, nadam. Num segundo momento, ainda inspirado em Manoel de Barros, mergulhei nas formas fálicas, de onde saíram essas e outras obras (expostas na Bienal)“, diz o Aldenor sobre a trajetória como artista. As formas fálicas são evidentes nas obras (foto 1 e 2) Romaria e Donzelo, selecionadas pelas curadoras da Bienal Naïfs do Brasil.
SERIDÓ EM ARTE
O traço de Nilson, um dos expoentes da arte de Currais Novos, representam a pintura potiguar a partir dos trabalhos Pássaros com Borboleta e Galo e Flor (fotos 03 e 04). O visitante da mostra é capaz de identificar no trabalho do seridoense, ganhador do Prêmio Dorian Gray, a essência Naïf na pintura. Sabe que, de origem francesa, o termo Naïf deriva do latim e sugere algo natural, ingênuo, espontâneo, foi utilizado originalmente no campo das artes para descrever a pintura e as propostas do artista modernista francês Henri Rousseau (1844-1910). A adoção do termo pela Bienal, no plural e desvinculado da palavra “arte”, evidencia seu foco no artista e em suas manifestações diversas e múltiplas, deixando em aberto os possíveis significados e características do que é ser naïf.
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Fotos Divulgação
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