5 de maio de 2024
EUZINHO!

Euzinho, meu curiar Costanza Pascolato e as formas tropicais de elegância

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POR AUGUSTO BEZERRIL

@augustobezerril

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Tenho aflição à listas. Volta e meia me pediam para fazer lista das mais ou menos elegantes. Volta e meia, meia volta e eu corria. Lista é, por si, restritiva. Livre como minha cabeça gosta de ser, eu ia mudar mil vezes e talvez eu chegaria aos mesmo nomes. Ou não! Um nome que vem sempre à mente quando se fala em elegância é Costanza Pascolato. A papiza do estilo acaba de lançar um livro sobre elegância. Mas aos meus olhos, Dona Costanza é sinônimo de curiosidade, perspicácia e humor. Dona Costanza é,  sempre aos meus olhos, estilo em essência. Sim, um modo de ser e vestir  com um quê acentuado de Itália, uma generosidade brasileira e uma ironia estilística planetária nos detalhes. Quem como eu fica a observa-la, nota  traço refinado  de humor nem sempre fácil de perceber. Mas é tudo calculado e tão atualizado do chique que o resultado é elegante. Até um beliscão de Dona Costanza (eu levei um!) é chique. E, vamos combinar, delícia!

Mas voltando à elegância do agora, Costanza muito acerta  no timing do lançamento não pelo conteúdo: não li o livro. Faço a observação precisamente pelo fato como ela se porta:  sempre interessada e respeitosa, atenta ao novo e de olhos muito abertos  aos vetores efêmeros e constantes do comportamento. É uma aula!  Seja desfile de figurão da moda, seja de novo criador, eis que a primeira fila tem Dona Costanza. Muita gente espera o comentário da papiza do estilo. Euzinho, do meu canto, me atenho ao exposto. A grife desfilou aquilo que   representa (ou deveria) o pensamento de um criador ou um grupo. Como jornalista e produtor de conteúdo, o desfile soma mais uma para uma caixinha chamada “repertório” do consumidor e leitor (autor).  A primeira fila parece tipo está numa piscina:  a pessoa seguiu alguma motivação (mais low profile ou super ostentação) no instante de escolher a modelagem daquele maiô, biquíni ou sunga do radioso momento de se mostrar ao sol.

A Lenny é símbolo da elegância na moda praia. Eu amo. Amo as sungas da Blue Man. Nenhuma grife faz igual. Também acho lindo os biquínis da Blue Man. É muito Rio de Janeiro. Quando por lá trabalhei, a Blue Man era minha companhia. Havia um diálogo entre eu, minha sunga Blue Man, as areias de Ipanema e o Dois Irmãos. A moda do Rio é meio como o morro da Zona Sul: parece não mudar, mas é de uma lindeza variante. Com os olhos de quem mira em direção da Niemeyer ou Arpoador, tive a sorte crescer usando Yes, Brazil, Company e Cantão. Já na Semana Barra de Shopping  de Moda de estilo conheci a British Colony e Complexo B. Eu sempre amei Animale, confesso. E não precisa dizer que, mais diante, fui bater com as então promissoras Auslander, Reserva, Haight, Handred e The Paradise. Todos viram como Patrick Doering e Thomaz Azulay agitaram o Rio com Xuxa no desfile. Aliás, a Rainha do Baixnho causou rebuliço, anos anos atrás, quando desfilou looks da Yes, Brazil no evento Rio Moda Rio. Foi um instante. Silvia Pfeifer desfilou, na mesma noite, usando George Henri, estilista classudo e pai de Maxime ( criador da British Colony e hoje assina Maxime Shirt). George Henri faz lembrar Maria Bonita, grife da ultra elegante  Maria Cândida Sarmento. A estilista alagoana mais carioca que já vi na vida deixa um rastro sobre a possibilidade da elegância nos trópicos. O que Dona Costanza tem com isso? Ela é a italiana com afabilidade, senso de adaptação tão comum ao brasileiro e um olhar respeitoso sobre o tempo e as pessoas. Não existe avaliação de elegância sem contextualizar o  lugar, as pessoas e o “agora”. A caixinha do repertório guarda o que é essencial. É um tira e bota sem fim. Sabe aquela coisa da piscina ou praia? A barriga zero, a celulite ou sei lá o que tenha a se mostrar vai aparecer. Tem gente ou coisa que, sorry, informar : não tem jeito. Não muda!

RIO, I LOVE YOU…

Voltando ao Posto 9, é só relaxar. Monique Evans, Caetano e o menino do Leblon, podem chegar..

Foto Reprodução

 

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