5 de maio de 2024
Turismo

Economia Compartilhada, com base em multipropriedades, tem incremento no Turismo do Nordeste

Resorts investem cada vez mais no sistema de tempo compartilhado
Resorts investem cada vez mais no sistema de tempo compartilhado

O conceito de Economia Compartilhada, que se iniciou nos EUA na década de 1990, inovou e impulsionou a criação de muitos novos negócios de sucesso baseados no uso mais inteligente de recursos humanos, físicos e ou intelectuais. O Turismo se beneficia com esta tendência, sobretudo no Nordeste. Tal movimento influenciou o mercado imobiliário com as multipropriedades, regime em que um imóvel é compartilhado e cada titular usufrui de uma fração de tempo de forma alternada, sendo que todos saem ganhando, pois compartilham também os custos.

Com um pouco mais de dez anos no mercado brasileiro, o conceito ganhou ainda mais força com a regulamentação em 2018, pela Lei de Multipropriedades Imobiliárias (13.777/2018), e atualmente o segmento está presente em cerca de 60 cidades do país. Em 2020, houve um aumento de 18% em relação a 2019, e crescimento médio anual de 26% nos últimos três anos, segundo dados do estudo “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil – 2020”, realizado pela Caio Calfat Real Estate Consulting.

Mesmo diante da pandemia e dos impactos do distanciamento social no setor de turismo, o estudo apontou ainda que o segmento teve um aumento de 32% no Nordeste, a região que mais cresceu no país. E foi seguindo essa perspectiva de otimismo para o segmento em 2021, que acontece em Porto Seguro (BA) o lançamento de um projeto imobiliário turístico com investimento de R$ 120 milhões no modelo de Multipropriedades, o Ondas Praia Resort.

“A pandemia, de modo geral, afetou o segmento de turismo, mas de certa forma vem consolidando o conceito de multipropriedade, da moradia de lazer, desse perfil de investimento em qualidade de vida. Temos a percepção de que as famílias aprenderam a dar mais valor aos momentos de lazer e convivência, o que tem feito as nossas vendas se tornarem consistentes”, conta o diretor executivo e sócio do Grupo ABL Prime, Fernando Fonseca. Ele explica ainda que o perfil de propriedade compartilhada democratiza o turismo e consolida os destinos turísticos.