8 de maio de 2024
Turismo

Cidade de porte médio na Alemanha? Programe Ulm, em Baden Wurttemberg. Você não vai se arrepender

A torre e o casario. Simbiose alemã
A torre e o casario. Simbiose alemã

Ulm fica na região de Baden Wurttemberg, entre duas megacidades alemães: Stuttgart (também em Baden Wurttemberg) e Munique (Baviera). Conhecer Ulm, onde nasceu Albert Einstein, vale a pena não só por qualquer correlação histórica. A cidade de 120 mil habitantes seduz pela atmosfera, pelo rio Danúbio com suas margens floridas que a separa da New Ulm, pelos traços germânicos genuínos que despontam em cada ladeirinha ou na mais simples viela e até mesmo pelo povo, tão educado quanto receptivo. Ninguém sequer ousou a brincar sobre os 7 a 1. Acreditem.

Se na minha relação de pérolas alemães (cidades de porte médio) já figuravam Friburg, Hidelberg, Rothenburg ob the Talb e Baden Baden, entre outras, agora vou inserir Ulm nesta rota de privilégios. É claro que Munique é um esplendor. Berlin, idem. Já Frankfurt, nem tanto. O problema é que a tendência mundial (e a minha, especialmente) aponta para cidades médias ou mesmo pequenas para se fazer turismo. Não há dúvida: andando, subindo, descendo, desbravando…. é bem mais gostoso do que com o auxílio de qualquer transporte urbano.

Destruída na Segunda Guerra Mundial, assim como grande parte da Alemanha, Ulm soube se reerguer. Sua catedral gótica (1377), com 38 altares e órgão como nove mil canos, é o grande cartão de visita. Tem a torre mais alta do mundo (161,53 metros), que levou 125 anos para ser erguida. Difícil fotografá-la de perto. Tem que se tomar boa distância para uma imagem vertical abrangente. Quem quiser subir até a torre da igreja, são 768 degraus “apenas” em escada estreita, em espital. Fiz minha “radiografia estratégica” e não rolou. Meus 55 anos + meus 92 quilos são desproporcionais, na matemática do “turismo-saúde”, aos 768 degraus da bela igreja.

São muitas as peculiaridades de Ulm, cuja população é 85% luterana. Logo depois da igreja você verá um mosteiro dos monges descalços que virou moderno posto de informações turísticas, assim como a cervejaria artesanal (oba! aí eu consigo chegar…) cujo produto pode não ser dos deuses, mas era fabricado no passado por monges beneditinos. Líquido, portanto, abençoado. E não custa tão caro, viu rapaziada cervejeira? Caneca de meio litro sai por 3,5 euros. Dá entre R$ 11 e R$ 12, em média. Mas a cerveja é alemã. Densa. Artesanal. Quanto custa meio litro de chope no Rio ou em São Paulo? Quase isso, hein?

Agora a “furada” de Ulm. Querem mesmo saber? A casa onde nasceu Albert Einstein vai virar… museu? monumento tombado? centro cultural? centro de pesquisas? Nenhuma das opções anteriores. É com tristeza que informo o destino da casa onde veio ao mundo um dos maiores gênios da humanidade: já derrubada, seu terreno será absorvido por um shopping-center. Acreditem! Eu vi. E assim caminha a humanidade. Um olho na História. Outro no dinheiro.

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