Contenção costeira de Pernambuco será apresentada na reunião do Polo Costa das Dunas, no próximo dia 17
A procuradora do Patrimônio e da Defesa Ambiental e conselheira do Pólo Costa das Dunas, Marjorie Madruga, trará para a reunião da entidade, no próximo dia 17, uma apresentação que poderá ser de grande relevância para o litoral do Rio Grande do Norte. Trata-se do Projeto Definitivo de Contenção Costeira do Estado de Pernambuco.
Marjorie lembra que o Rio Grande do Norte sofre de grave erosão costeira, como já é possível visualizar a “olho nu” nas praias urbanas de Ponta Negra, Via Costeira (com pontos de altíssima vulnerabilidade) , Areia Preta, Praia dos Artistas, Praia do Meio e ao longo do litoral potiguar, especialmente no setentrional (norte).
Segundos dados científicos, esta erosão aumentará muito nos próximos anos. A procuradora observa que este alerta exige ação imediata do Poder Público (federal, estadual e municipal), com objetivo de encontrar a melhor solução técnica para o problema.
Ela ressalta que é um problema ambiental hoje, mas se tornará um problema também econômico, social e turístico para o Estado, na medida em que a elevação do nível do mar e a diminuição da praia trarão destruição de equipamentos, casas e hotéis.
Marjorie informa que o Brasil assinou recentemente o Acordo de Cooperação Técnica, Científica e Tecnológica, celebrado entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), com a participação do Ministério do Meio Ambiente.
O Acordo estabelece que Pernambuco e Rio Grande do Norte são áreas piloto para a aplicação do Sistema de Modelagem Costeira (SMC-Brasil). Enfim, uma chance para os “calçadões” potiguares. Tal avanço (não do mar, mas desta vez de soluções) será tema da próxima reunião do Polo Costa das Dunas. Algo pertinente e oportuno.
Só se tem que mudar o discurso de “aumento do nível do mar” ou “avanço das águas do mar”. O que acontece é o oposto: o ser humano está avançando, invadindo o mar, fruto da falta de esclarecimento, ganância e especulação imobiliária. Está se avançando as áreas de praia, onde as ondas se arrebentam. Agora, o Estado é que tem que pagar o ônus para recuperação desses patrimônios particulares?