7 de maio de 2024
Turismo

Do ministro Henrique Eduardo Alves, sobre o hub da Tam no Nordeste

“Não podemos deixar que isso se torne uma batalha. O Nordeste precisa estar sempre unido. Apesar de ser potiguar, não posso deixar de admitir nossas desvantagens em relação a Recife e Fortaleza no que se refere à questão portuária, que pesará muito na escolha, pois o hub também será de cargas. Recife tem Suape, um indutor de negócios. Fortaleza tem Pecém, que também movimenta bastante a economia cearense. Natal perde neste item. Mas ganha na posição geográfica e na logística de distribuição. Só eu sei as críticas que sofri, já que fui o principal interlocutor do surgimento do Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Muitos reclamaram que o terminal é longe da capital potiguar, que os acessos não ficaram prontos, que não há sequer sinalização eficiente. É realmente lamentável que estes itens não tenham sido concluídos, mas o terminal está lá, amplo, moderno e com apenas 40% de sua capacidade operacional, além de uma estratégica área no entorno, para crescer. A cidade de São Gonçalo do Amarante será, nos próximos anos, um exemplo de crescimento sustentado, no Nordeste, através da implantação de uma estrutura aeroportuária. Neste item, até mesmo por ser um parceria público-privada (PPP), o Rio Grande do Norte sai na frente. Mas a análise é da Tam. Será técnica. O ministro do Turismo pode até torcer por Natal, mas politicamente, por exemplo, os concorrentes são mais fortes. Pernambuco tem mais de 30 deputados federais. O Rio Grande do Norte tem apenas oito. Vou me posicionar com a devida ética e aplaudir qualquer que seja a decisão do grupo Latam”.