Há algo estranho no ar de Natal
O jornalista que se mete a blogueiro andou dois dias à deriva, sem porto e sem postar nada. Ao invés da programada viagem a negócios a duas capitais do Nordeste, enfrentou uma verdadeira batalha em Natal. E perdeu. O cunhado, irmão, amigo e médico “particular” Carlos Afonso, que tantas vidas já salvou em complicadas cirurgias na Liga Norte-Rio-Grandense contra o Câncer, não encontrou quem salvasse a vida dele, ontem (6), na UTI do Hospital São Lucas.
Informação que interessa a Natal e que a jornalista Eliana Lima já noticiou há uns dez dias em sua coluna aqui na TRIBUNA DO NORTE. Há uma bactéria letal na cidade. Carlinhos faleceu de pneumonia bilateral aguda com algo (vírus? bactéria? fungo?) não identificado, que tirou sua alegria de viver em menos de uma semana. Os infectologistas e pneumologistas que cuidaram dele – e olha que ele era médico, foi cercado de atenção – não chegaram a qualquer conclusão sobre a origem dessa pneumonia devastadora.
Desculpem enveredar pelo lado pessoal com notícia triste num espaço que tende à alegria, às viagens, às estratégias do Turismo enquanto atividade econômica. Mas o blog também é o que vivemos no momento. E de repente rolou esse post-desabafo. Acontece.
Para voltar à real finalidade de nosso blog, Dr. Carlos Afonso também era adepto da arte de viajar. Deixou belas lembranças, por exemplo, de uma viagem que fizemos, há alguns anos, a Seul e Hong Kong, com roteiro de duas semanas de carro pela Califórnia, na volta. O casal amigo Roberto Macedo e Virgínia também compartilhou desses bons momentos
Pois é, Carlinhos. Moraes Moreira cantou “agora como é que eu fico nas tardes de domingo… sem Zico no Maracanã?” Eu aproveito a onda do velho baiano alto astral rubro-negro (meu cunhado tinha defeitos: era vascaíno) e indago: “Agora como é que eu fico nas tardes de domingo… sem Carlinhos no terraço do San Vale?”
Bem, caros webleitores. Não poderia deixar de registrar algo tão profundo, que é o tal do sentimento. Aquele do âmago. Real e leal. E fica o alerta a Natal e à Saúde pública. Que outros pacientes não sucumbam a essa pneumonia em forma de tsunami. Vamos buscar, pesquisar, descobrir. Há algo estranho no ar de Natal.
E agora como ficará o Hosp. Luiz Antônio sem a parceria de Dr. Carlos Afonso?Grande médico na essência, despojado, sem vaidade, acessível…
Puxaram nosso tapete!!!!
Saudadesssssssss
Querido Antonio Roberto , lamento pela sua perda e compartilho sua dor.
abraços
Antônio Roberto
Sinto muito pela sua perda e espero que descubram logo. Que tristeza ! Bjs
Meus sentimentos pela partida do Dr. Carlos Afonso para a viagem final, programada desde o nosso nascimento, mas, que nunca queremos dela participar nem nos sentimos preparados, apesar de ser um encontro com o nosso criador!
A dor é grande e com suas sábias palavras me transporto ao seu terraço ao imaginar a cena de 2 beberrões celebrando por tantas vezes a vida.E agora,por muito tempo esse palco será somente de lembranças e lágrimas.
A distância faz doer ainda mais.
beijos
Caro colunista. Também estou com esta sensação estranha. Vários amigos meus estiveram doentes nos últimos meses acometidos por bactérias que estão, a princípio, relacionadas com alimentos e comidas de restaurantes e bares. Todos escaparam, mas passaram maus momentos.
Verdade rubro ,
Natal perdeu um grande Medico ,um papo extraordinário ,um amigo e um grande vascaino.
Deixará saudade em todos nós
Antonio, conheçi Carlos ainda menino como eu, morando perto da Praça Augusto Leite, quando crescemos, cada um segui seu caminho, gente boa ele, espero que Deus não me castigue, ao fazer esta pergunta; PORQUE SÓ VAI GENTE BOA?
Ele devera ser recepcionado, por uma pessoa espetacular, quem o conheçeu, eu era pequeno, ou seja seu sogro, seu MANUEL AFONSO, velho patrício, bonachão de uma simplicidade, que realmente na minha vida já beirando os 60, nunca vi igual, simples, amigo, educado. O ceu agora terá dois bons amigos. Carlos junto com seu Manuel Afonso e o meu Tio o Conde de Miramonte, vão conversar muito. A você e a sua esposa, meus votos de sinceros pesar.,
pense numa pessoa boa,te olhava de igual para igual,nao era aquele medico blindado como muitos que agente encomtra no caminhoe que para falar com ele só marcando consulta,ajudava muita gente,uma vez eu vi uma mulher ajoelhada aos pes dele na saida do luiz antonio agradecendo por sua cura,e ele simples como sempre foi e sem geito dizendo que tinha feito apenas o seu trabalho mais agente sabia que ele sempre fazia mais do que seu trabalho e tinha muito amor ao proximo,lamento a sua partida,mias com certeza tem uma mutidao esperando a sua chegada no outro lado.
Antonio roberto, me solidarizo a sua perda. Dr Carlos Afonso foi um grande médico, uma grande pessoa, filho de outro grande homem, seu Manoel Afonso, nao deve estar sendo fácil perder o seu Cunhado. Mas muita força nesse momento difícil. Abraço em toda a família.
Perdi uma amiga do IFRN há dois meses. Leucemia. Estava no Natal Hospital Center. Em uma quarta-feira, após o fim de sessão de quimioterapia, estava feliz da vida com o aumento significativo de leucócitos, o que provavelmente dispensaria o transplante. Fazia planos. Estava muito bem. Na quinta, antes de sair do hospital, começou a sentir fortes dores e vomitar. Contraiu uma bactéria que ninguém sabe e no sábado faleceu rapidamente. Ninguém conseguiu fazer nada. Mata da noite para o dia.
Deus tem os seus mistérios e o homem seus limites. Alguns conseguem ultrapassar um eminente momento de perigo e escapam. Outros se precipitam e enfrentam o perigo sem medo. Ele era assim.A ele devo a minha vida e do meu filho salvo numa cesária, hoje seu grande discípulo. Certamente ele será um dos que salvarão mais vidas por ele. A Deus toda Honra e toda a Glória. ao Dr. Carlos Afonso a certeza que ele mereceu o céu.
Um anjo que cuidou de mim por 5 anos. Nunca pensei em ser atendida por um medico,homem,tinha o constrangimento que muitas tem…porem com o passar do tempo me vi sendo examinada e contando piadas. Confiança é a base de tudo…nunca pensei em fazer tatuagem,hoje carrego n braço uma homenagem aqueles que me deram mais uma oportunidade d viver. Dr. Carlos Afonso e Dr. Luciano Luiz.