4 de maio de 2024
Turismo

Ministro do Turismo quer reforço orçamentário: “O setor gera emprego e renda, traz impostos e aumenta a arrecadação”

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, aproveitou o jantar da presidenta Dilma Rousseff com senadores da base aliada e outros 20 ministros para sustentar que o Turismo deve entrar de vez na agenda econômica do país. Alves apontou o setor como uma alternativa para o Brasil fazer frente à crise econômica. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, marcou uma agenda específica para tratar do assunto na próxima semana. A ideia é definir estratégias para desenvolver o setor de viagens no país.

“Quando fui convidado pela presidenta Dilma Rousseff para compor a equipe ministerial, ainda em dezembro de 2014, já enxergava todo o potencial que o turismo tem para dar sua contribuição ao desenvolvimento. Estamos falando de uma atividade que impacta 52 segmentos da economia, que vai desde a camareira até o grande empresário dono de um resort”, comentou Henrique Eduardo Alves. O setor turístico gera 3,1 milhões de empregos diretos, interiorizou US$ 6,9 bilhões na economia brasileira em 2014 (o equivalente a pouco mais de R$ 24 bilhões) e responde direta e indiretamente por 9,6% do PIB.

Pelo menos na foto, Henrique está bem próximo de Dilma
Pelo menos na foto, Henrique está bem próximo de Dilma

O jantar entre Dilma, ministros e parlamentares da base aliada ocorreu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Na reunião individual com o ministro da Fazenda, Henrique Eduardo Alves vai tratar do reforço orçamentário ao Ministério do Turismo. “Entendemos o momento que o país vive, sabemos da importância dos ajustes nas contas públicas, mas é importante mostrar que o Turismo pode ajudar o país a gerar emprego e renda, aumentar a arrecadação dos governos com impostos, enfim, movimentar a economia”, explicou Henrique Eduardo Alves.

O ministro do Turismo tem citado o exemplo de Cancun, no México, para ilustrar como o setor pode ser melhor aproveitado no Brasil. “Há pouco mais de 40 anos, não existia nada naquela região. Em 2014, o México faturou US$ 17 bilhões com o turismo internacional. Só Cancun foi responsável por US$ 11 bilhões desse montante com cerca de 22 quilômetros. Imagina quantas Cancuns poderia existir no Brasil”, afirmou.

Além dos investimentos em infraestrutura, o ministro do Turismo tem trabalhado em três ações estratégicas para favorecer o setor: isenção de vistos para americanos em caráter excepcional no ano olímpico; reformulação da Embratur, autarquia responsável pela promoção internacional do Brasil; e criação de áreas especiais de interesse turístico, onde os investidores encontrariam regimes diferenciados de tributação e licenciamento, acesso a créditos facilitados e outros benefícios econômicos.