Pequena e acolhedora, Ljubiljana é surpreendente. Vale a pena conhecer

Ljubiljana. O lj tem som de lh. Pronuncia-se “lhubilhana”. Simples, tal como a própria cidade. Pequena, tem 280 mil habitantes (a Eslovênia tem quase dois milhões). Mas consegue ser tão simpática quanto acolhedora. Uma surpresa, diria, em meio a tantas potências turísticas europeias por perto. A capital da Eslovênia, por exemplo, fica na metade do caminho entre Veneza e Viena. Rota espetacular, hein? Com parada estratégica.

Presteren, a praça dos poetas, tem uma ponte tripla sobre o pequeno rio que corta a cidade. É lá que fica a igreja (vermelha) de N. S. da Anunciação, ao lado de um mosteiro franciscano. É praticamente o Centro de Ljubiljana. A atmosfera mistura estilos. Do barroco das igrejas ao art-noveau dos prédios. Num rápido passeio histórico-turístico pela cidade, dá para notar até a importância de Napoleão. Ergueram um monumento para ele, que viveu quatro anos em Ljubiljana e “permitiu” o uso da língua eslovena no país.

Há duas relíquias consideradas especiais: a Universidade, de 1919; e a Orquestra Filarmônica mais antiga do Império Austro-Húngaro, que data de 1701. O idioma, de difícil captação, chega a ter palavras de nove letras com apenas uma vogal. No ano passado, o país mostrou que o turismo já é um de seus produtos. A hotelaria de Ljubiljana vendeu um milhão de diárias. E a segunda maior cidade da Eslovênia, Maribor, também vem atraindo visitantes, sobretudo devido a seus parques e reservas florestais.

A Eslovênia foi o primeiro país a aderir ao Mercado Comum Europeu, depois do bloco inicial. O equilíbrio financeiro do país e as práticas de desenvolvimento sustentável foram fundamentais para se credenciar a utilizar o euro como moeda, fato que ainda não acontece na vizinha Croácia, que também pertencia à Iugoslávia e foi igualmente visitada por este jornalista no início de janeiro. Veja post a respeito neste blog.