Pesquisa da Embratur revela que Natal é a terceira capital mais barata do país na hotelaria
Pesquisa Internacional de Preços da Hotelaria (PPH), realizada pela Embratur, revela que Natal é a terceira capital com diárias de hotéis mais em conta no Brasil. A média registrada na capital potiguar foi de US$ 123,71.
A pesquisa levou em conta estadias de dois adultos por sete dias marcadas com 60 dias de antecedência. No levantamento foi considerado o preço mais baixo em cada um dos 128 hotéis consultados em cada cidade. A pesquisa foi desenvolvida de dezembro de 2012 a março deste ano.
Mais dois detalhes da pesquisa: Natal é a quinta cidade no mundo – dentre as pesquisadas – com preço atrativo para hospedagem. E no Nordeste é a capital com melhores preços, no que se refere à hospedagem.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Rio Grande do Norte, Habib Chalita Júnior, revelou que a pesquisa mostra que “temos muita oferta, pouca demanda e muita ociosidade”.
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Embratur, Flávio Dino, foi infeliz ao apontar o preço alto da hotelaria como o principal entrave para o aumento da entrada de turistas estrangeiros no país.
Outro dia, aqui neste espaço, um amigo postou excelente comentário, falando das constantes perdas nos valores das tarifas em toda a hotelaria de Natal. Aí está a prova de que ele tem toda razão. O pior é que, apesar de todos os esforços (que são muitos) dos hoteleiros, a falta (quase) total de sensibilidade por parte do poder público, que tem no turismo a sua última prioridade, não é de assustar se daqui uns anos tivermos sendo obrigados a praticar tarifas iguais as de Porto Seguro, por Exemplo. Aí será o fim…
Uma verdadeira alucinação a pesquisa (PPH) anunciada pela EMBRATUR e o comentário do Presidente da ABIH/RN.
Pesquisa de turismo deve focar a qualidade, a quantidade, a diversidade e o atrativo de custos baixos de que falam os entrevistados e que certamente dizem respeito não apenas aos estabelecimentos hoteleiros, mas também aos transportes, às comunicações, às diversões, ao comércio, aos restaurantes, a todos os setores, enfim, direta ou indiretamente vinculados ao turismo. Serviços eficientes e de boa categoria devem estar à disposição e ao alcance da bolsa de visitantes. Isto é, além de zelar cuidadosamente pela qualidade dos serviços colocados á disposição dos turistas, os profissionais de turismo devem cuidar sempre para que eles existam em quantidade suficiente para atender a demanda e os preços convidativos para mantê-la e aumentá-la.
Não tenho dúvidas, setores do TRADE Potiguar, também, deveriam tratar de organizar-se adequadamente para explorar o turismo, principalmente no que diz respeito à conscientização de seus habitantes, com campanhas educativas no sentido de mostrar aos potiguares que os turistas, ao invés de visitantes incômodos ou invasores, são seres humanos que os visitam com boa vontade, ávidos por conhecer as belezas e os aspectos culturais desse extraordinário estado, contribuindo decisivamente para a sua economia.
Não é o que vejo nos balcões de hotéis daqui. Certamente a grande oferta de quartos e hotéis e pousadas de pequeno porte influenciam nessa média. Contudo, o pior gargalo ainda é o preço absurdo das passagens aéreas. Não acho os grandes restaurantes tão caros, mas os menores e barzinhos são salgados além de serviços como taxi também estarem altos. Natal é um destino caro.