2 de maio de 2024
Turismo

Pesquisa do Sebrae e Abav avalia atual momento da retomada; veja os números

O turismo foi um dos setores mais afetados pela crise causada pela pandemia do coronavírus: cerca de 95% dos pequenos negócios desse setor tiveram perdas no faturamento. Apesar disso, 15% do total de empreendimentos retomaram as atividades atendendo aos protocolos, sendo que, desse grupo, 85% das agências de viagens não encontraram problemas na aplicação das normas sanitárias, já sinalizando interesse na contratação de pessoal, ainda em 2020. Os dados são de pesquisa inédita realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional). O estudo, aplicado entre 14 e 20 de julho, teve a participação de 2.555 empresas de todas as unidades da federação.

Quando se fala em comportamento durante a pandemia, a maioria das empresas entrevistadas (41%) deu continuidade aos serviços de forma online, enquanto 38% suspenderam temporariamente as atividades, 15% já retomaram atendendo aos protocolos e 7% fecharam as empresas. As redes sociais mostraram um excelente desempenho no suporte tecnológico para vendas, sendo os canais mais utilizados para este fim o Whatsapp (86%), Instagram (61%), Facebook (57%) e site próprio (45%). Além disso, 83% das empresas do segmento já vendiam por meios digitais antes da pandemia.

mala

As perspectivas dos empresários ouvidos na pesquisa são positivas em relação à gestão de colaboradores: 78% dos empresários de agências de turismo afirmam que não têm intenção de demitir funcionários em 2020, sendo que uma pequena parcela (8%) já sinaliza a intenção de contratação. Além das questões trabalhistas, as empresas tiveram que passar por modificações em suas estruturas financeiras: 44% cortaram custos com renegociação de contratos, 43% cortaram gastos com matérias-primas, 38% negociaram contas de água, energia e telefone, outras 22% cancelaram contratos de aluguel.

A pesquisa revela que, atualmente, a principal preocupação dos empresários é a insegurança com o mercado de turismo em relação às companhias aéreas, parceiros locais e fornecedores de outros países. Do universo entrevistado, 36% registraram que essa incerteza é motivo de aflição e 24% apontam o acesso ao crédito como um dos principais receios. Na visão da maioria dos entrevistados (60%), serão necessários de quatro meses a um ano para retomarem os negócios em definitivo, após o fim da pandemia.