27 de abril de 2024
Turismo

Política de vistos, gargalos aéreos e captação de eventos são temas de reunião da OMT durante a WTM

As perspectivas de crescimento do turismo na América do Sul, a política de vistos adotadas nos diversos países e as oportunidades e entraves para o desenvolvimento de multidestinos internacionais foram temas da mesa-redonda promovida pela Organização Mundial de Turismo (OMT) ontem (24) na World Travel Market (WTM) América Latina, que prossegue hoje em São Paulo. O painel reuniu autoridades públicas e representantes de entidades privadas do mercado de viagens.

O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Simão, avaliou que a maturação de multidestinos com os países vizinhos é importante, mas deve ser precedida da adoção de políticas que promovam o aumento da integração e a eliminação de barreiras e entraves burocráticos que dificultam a livre circulação de pessoas. Simão lembrou que está em discussão no Congresso Nacional a alteração na Lei dos Estrangeiros, que prevê, por exemplo, a implantação do visto eletrônico.

Já o diretor executivo da OMT, Márcio Favilla, apresentou dados do turismo receptivo global que mostram que o turismo continuará sua trajetória de crescimento no mundo e deve alcançar 1,8 bilhão de chegadas internacionais até 2030. A América Latina contará com 3,3 milhões de chegadas internacionais por ano (2010/2030). Já América do Sul e América Central, juntas, crescerão acima da média mundial.

É nesse cenário favorável que os participantes apontaram obstáculos que precisam ser superados para que esses números reflitam desenvolvimento para a região. O setor convive com outros gargalos, como a falta de conectitivade – oferta reduzida de voos e de transporte terrestre que estimulem o trânsito multilateral de turistas.

O presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, reforçou a necessidade de se investir na captação de eventos como forma de atrair turistas para o país e defendeu a redução da carta tributária do setor aéreo. Para ele, a implementação de multidestinos deve considerar aspectos econômicos além dos culturais.

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