Reserva do Paiva ainda está pouco povoada
Fotos de Antonio Roberto Rocha
Um dos projetos mais ousados de Pernambuco na última década, a Reserva do Paiva, que quebrou paradigmas ambientais para privilegiar o desenvolvimento, ainda não decolou totalmente.
A área de manguezais, bela praia e densa vegetação está muito bem cuidada. Totalmente asfaltada, com belas casas à beira-mar. Fica logo depois do município de Jaboatão dos Guararapes e na entrada do Cabo de Santo Agostinho.
Os prédios empresariais e residenciais, porém, não estão devidamente ocupados, apesar da organização que abrange da grama aparada ao policiamento constante no calçadão.
Até mesmo o Empório Gourmet não decolou ainda. Tem uma padaria, um café, uma hamburgueria e um badalado restaurante, o Beijupirá, que surgiu em Porto de Galinhas e já tem filiais também em Fernando de Noronha e na Praia dos Carneiros, no litoral pernambucano.
Há esperanças de reação, porém. O escritório da Fiat, por exemplo, cuja fábrica fica em Goiana (PE), vai ser instalado num edifício da Reserva do Paiva ainda neste ano. Comenta-se que o Consulado Americano também tem planos de se mudar para lá.
A região poderia estar “bombada” sobretudo devido ao complexo portuário de Suape, que fica a uns 30 quilômetros. Mas o local, que já foi ícone da economia pernambucana, vem perdendo empresas devido ao momento difícil que o país atravessa.
Enfim, a Reserva do Paiva é de uma concepção urbanística inquestionável. Reúne beleza e praticidade. Quando foi concebida, porém, nem o mais pessimista projetaria um país como o que vivemos atualmente, onde pouco se produz ou fabrica.
(*) Viagem a convite do Sheraton Reserva do Paiva