17 de maio de 2024
Turismo

Confira aspectos de Trier, na Alemanha, que encanta a delegação do turismo potiguar

Liderada pelo presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, a comitiva de representantes do Estado, de municípios turísticos e de entidades empresariais do Rio Grande do Norte, que está cumprindo agenda no estado alemão da Renânia-Palatinado ao longo desta semana, foi recebida nesta segunda-feira (19) pelo gerente executivo da Câmara de Indústrias e Comércio (IHK) da cidade de Trier, no estado alemão da Renânia-Palatinado, Jan Glockauer.

O diretor regional do Senac-RN, Fernando Virgilio, aproveitou a ocasião para fazer uma apresentação sucinta de algumas das parcerias já firmadas com o estado alemão. Ele destacou o fato de que, desde 2015, o portfólio de cursos do Senac no eixo de Turismo vem sendo incrementado, sobretudo na área de Gastronomia, graças ao intercâmbio com a Renânia-Palatinado.

Comitiva do RN passou o dia em Trier
Comitiva do RN passou o dia em Trier

Um dos pilares do segmento na cidade de Trier é o setor de eventos. Para o turista de lazer, há visitas guiadas temáticas, aproveitando o perfil histórico da região, que tem cinco monumentos declarados pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade, além de ligação ancestral com os tempos áureos do Império Romano.

A região dos rios Mosel e Reno, que inclui as cidades de Trier, Koblenz, Oberwessel, Binger, recebe por ano cerca de 2,3 milhões de turistas, que movimentam mais de 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 4 bilhões). Somente a cidade de Trier recebe 430 mil turistas por ano. São quase 800 mil pernoites, com ocupação média anual na casa dos 73%.

A cidade de Trier fica no Vale do Rio Mosel e foi fundada pelo imperador romano Augusto, em 16 A.C, com o nome de Augusta Treverorum. A área, porém, foi ocupada pelos celtas muitos séculos antes de os romanos chegarem. Trier se tornou a residência preferida de vários imperadores romanos, inclusive Constantino, o Grande, o primeiro imperador cristão. Quando o poder dos romanos acabou, os francos tomaram a cidade, em 459 D.C.

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No século 12, Trier virou centro importante para bispos e arcebispos. Na Idade Média, o Arcebispo de Trier foi um príncipe eclesiástico importante, controlando as terras da fronteira francesa até o Rio Reno. Ele também foi um dos sete eleitores do Sacro Império Romano.

Muitas vezes, por sua localização estratégica, Trier foi pega de surpresa por guerras entre a França e a Alemanha. Como resultados das Guerras Napoleônicas, Trier virou francesa em 1794. Mas com a derrota final dos franceses, em 1815, voltou a ser alemã.

Trier também é conhecida como a “Roma do Norte”. Como muitas cidades alemãs, sofreu vários estragos durante a Segunda Guerra Mundial, mas se reergueu e resguardou atrações arqueológicas e arquitetônicas.

Vale ressaltar foi em Trier que nasceu o lendário Karl Marx (filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista, autor da Obra Prima “O Capital”, na qual traçou as bases das relações de trabalho do modelo capitalista), em 1818. A casa onde ele nasceu é hoje é museu e centro de estudos.