3 de maio de 2024
Turismo

Capital croata é exemplo de urbanismo com História bem preservada

Feira livre é permanente
Feira livre é permanente

História tumultuada, cultura rica e geografia espetacular fazem de Zagreb, a capital da Croácia, um destino fascinante. Imaginem um centro científico, cultural, econômico e administrativo, onde estão bem preservados o Parlamento, a sede do Governo e o Palácio Presidencial?

E se este local ainda for “abençoado” pelos Alpes? Os cerca de um milhão de habitantes da capital croata (o país tem 4,5 milhões) são privilegiados. Vivem muito bem, numa cidade que preserva parques, praças, esplanadas e História. É uma lição de urbanismo.

Pesquisas arqueológicas confirmam a existência humana onde hoje está Zagreb na Idade da Pedra, cerca de 35.000 a.C. Imaginem? Ao longo da História, os celtas e os romanos se instalaram por lá por vários anos.

Outra curiosidade: a gravata foi inventada por lá, na Guerra dos 30 anos da Europa, no século XVII, entre católicos e protestantes. O exército croata começou a usar algo semelhante ao que hoje é a gravata e os franceses logo copiaram o estilo.

Zagreb se divide em duas colinas: Gardec (Cidade Alta) e Kaptol, onde fica a bela Catedral em estilo neo-gótico, com muralhas renascentistas ao redor. A única porta preservada no bairro medieval Gardec é de pedra.

Logo à entrada do grande portão está uma imagem de Nossa Senhora que, em épocas de guerra, conseguiu ser preservada em meio a sucessivos incêndios. A Nossa Senhora da Porta de Pedra é a padroeira de Zagreb, que faz grande celebração alusiva à imagem no dia 31 de maio.

O acesso a Gardec e a Kaptol se dá pela praça Ban Josip Jelacic, o centrão da capital croata. Tem muitas lojas, muitos bares, poucos restaurantes, áreas para pedestres e um sistema de transporte de bahns (metrô de superfície) muito eficiente e parecido com o adotado nas principais cidade alemães.

As duas colinas, rivais na época da Idade Média, sempre tiveram em comum o rio Medvescak, que abrigava moinhos em temos remotos. No leito do rio fica a pitoresca rua Tkalciceva. Por baixo dela corre o rio. É passagem obrigatória para qualquer turista.

Durante os séculos XVII e XVIII foram construídos palácios e igrejas barrocas em Zagreb. Os jesuítas ergueram a Igreja de Santa Catarina, na Cidade Alta, uma referência até hoje. Na segunda metade do século XVII a atual capital croata se impôs como centro universitário.

Mas havia diferenças entre a cidade episcopal e a cidade real autônoma. Até que, em 1850, as duas vertentes se fundem e criam a cidade de Zagreb, à época com 15 mil habitantes. O desenvolvimento da indústria e do comércio chega de imediato e o novo núcleo urbano desponta.

A então Iugoslávia do pós-segunda guerra era governada por um croata que adquiriu fama mundial: Joseph Broz, o Tito. Ditador, ele lutou pela união do país de 1945 até 1991, quando as guerras étnicas pela independência deixaram rastros de sangue e sepultaram muitos corpos.

A antiga Iugoslávia foi dividida em seis países independentes. O maior deles é a Sérvia, onde fica a antiga capital iugoslava, Belgrado, e que até hoje é o mais fechado ao turismo. O segundo em tamanho é a Croácia.

Pela ordem, depois vêm a Bósnia e Herzegovina (também esteve no Brasil na Copa, lembram?), a Macedônia, a Eslovênia (que mostramos no blog na semana passada) e Montenegro. Kosovo ainda não conseguiu sua independência, Continua em luta com a Sérvia.

Ao contrário da Eslovênia, que entrou na União Européia em 2004 e um ano após já utilizava o euro, a Croácia integra a comunidade européia, porém ainda não utiliza o euro. Sua moeda é a kuna, que vale oito euros.

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