Ministério da Justiça condena as empresas Coca-Cola, Vivo e Tim por propaganda enganosa
O Globo
O Ministério da Justiça aplicou multa nesta terça-feira às empresas Coca-Cola, Vivo e TIM por publicidade enganosa. A Coca-Cola foi multada em R$ 1.158.908,00 por publicidade enganosa na oferta da bebida “Laranja Caseira”. A Vivo foi punida com multa de R$ 2.260.173,00 devido à campanha “Vivo de Natal”. A TIM, por sua vez, foi multada em R$ 1.654.236,00 por causa da campanha “Namoro a Mil”.
No caso da Coca-Cola, para o Ministério da Justiça, houve ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, especificamente ao direito básico à informação e à proteção contra a publicidade enganosa, quando o anunciante deixou de esclarecer que o produto é um “néctar” e não um “suco”.
Para o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, a Vivo S/A não demonstrou de forma adequada, clara e ostensiva as condições para a real obtenção dos minutos e dos torpedos promocionais. A mensagem publicitária da Vivo não apresentava dados essenciais para que o consumidor ganhasse R$ 500,00 em ligações e mais 500 torpedos SMS. Além disso, foi apurado que a Vivo vendeu uma quantidade de pacotes superior a sua capacidade operacional.
Por último, para o DPDC, a TIM, ao anunciar o serviço, induzia a erro o consumidor a respeito do recebimento dos 1.000 (mil) minutos e da concessão de torpedos.
A aplicação das multas levou em consideração os critérios do Código de Defesa do Consumidor. Os valores devem ser depositados em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça, com o objetivo de serem aplicados em ações voltadas à proteção do meio ambiente, do patrimônio público e da defesa dos consumidores.
Fonte: jornal O Globo
Os consumidores vem enfrentando desrespeitos a sua condição vulnerável em razão das leis ambíguas, das interpretações extensivas e da sua fragilidade frente aos grandes grupos econômicos.
É necessário que com as mudanças decorrentes das manifestações passem a exigir uma melhor qualidade de produtos e serviços e que, de fato, sejam respeitados os direitos do Código de Defesa do Consumidor.
Não podemos ter medo de lutar por nossos direitos porque a justiça existe para defendê-los independentemente de classe social, cor, raça, sexo ou idade.