KELPS WORLD

 

Com tanto teaser nos intervalos da novela, não há curiosidade que resista ao novo canal de streaming.

O formato é semelhante aos melhores padrões internacionais. A navegação no site, fácil de ser feita, na medida para uma maratona.

Kelpsflix.

Logo de cara, uma inovação ainda a ser explicada.

Apesar dos oito episódios terem seus títulos, a série como um todo, não foi ainda batizada.

O eleitor-assinante haverá de imaginar que o nome está em construção, mesmo que não tenham sido solicitadas sugestões.

Uma bela oportunidade para interação mais próxima do público espectador.

Quem sabe, não venha por aí uma enquete para a escolha?

Pela primeira temporada, quase totalmente rodada no bairro do Alecrim, o local da locação deverá constar do título. Questão de identidade com a origem e empatia.

Uma boa tática é trazer para a eleição atual, evocações passadas de casos de sucesso.

Somente os mais velhos, dos tempos em que prefeitos eram nomeados pelos governadores, irão lembrar da popularidade de um deles que depois da abertura e redemocratização, tornou-se um campeão de votos.

Galego do Alecrim.

A retificação da  informação sobre a raça declarada,  prestada ao TRE,  poderá ser trabalhada, como mais um tema eleitoral.

O racismo tem passado ao largo de todos os programas de governo dos concorrentes.

Nas eleições americanas e em todos os países europeus, o assunto rivaliza com a discussão do enfrentamento à pandemia.

Tudo a ver com as nova-iorquinas ruas numeradas do populoso bairro.

Mostrar-se como o único que destoa dos outros doze arianos eugênicos que desejam ocupar o palácio-taba do mais famoso dos  índios potiguares, o chefe Felipe Camarão, poderá ser o maior diferencial.

Numa campanha tão curta, será necessária a apropriação de imagens positivas de personalidades públicas, simpáticas e populares, numa associação de ideias e nomes.

Da Beija-Flor de Nilópolis para a Vila São João, é um pulo.

Moreninho do Alecrim.

Um pouco de intimidade, apelido carinhoso  e um tanto de ousadia não fazem mal a ninguém.

Os cinco primeiros capítulos, uma viagem sentimental e familiar pela infância e adolescência, será retomada nas temporadas a serem lançadas.

Como não foram inseridas propostas, fica a impressão que as lembranças saudosistas concordam com ruas sem pavimentação, valas de águas servidas e trabalho infantil.

Antes que algum adversário aproveite a licença poética como atalho para chegar primeiro ao segundo lugar e turno, um flashback esclarece a polêmica.

A transição entre a fase de estudos, casamento e início da vida pública, merece mais espaço nos próximos episódios.

O primeiro cargo público a gente nunca esquece. Nem o eleitor.

Um testemunhal de antigos governantes  poderá reforçar  a expertise em mobilidade urbana e conquistar indecisos.

A última cena, o candidato em movimento na travessia da Ulisses Caldas, entre a Assembleia e a Prefeitura deve ser repetida em slow motion.

Ela apaga a  impressão que a eleição é para sub-prefeito do Alecrim.