Nem tudo são flores na Jornada das Águas
Do Painel na Folha
O presidente Jair Bolsonaro inaugurou ontem o Ramal do Agreste na cidade de Sertânia, em Pernambuco.
No entanto, o Ramal do Agreste não começará a cumprir a sua função de levar água às casas de mais de 2 milhões de pessoas em 68 cidades da região com mais escassez hídrica do estado após a inauguração feita por Bolsonaro.
Enquanto a conexão com o complexo da adutora não for concluída, o ramal inaugurado não cumprirá seu papel.
“Em todo o ano de 2021, nenhum único centavo foi repassado ao Governo de Pernambuco para o andamento das adutoras”, diz a administração estadual, em nota.
O Ministério do Desenvolvimento Regional, de Rogério Marinho, criticou a sequência de execução dos trechos da Adutora do Agreste escolhida pelo governo pernambucano.
Segundo a pasta, em nota, a administração estadual começou a obra física “do fim para o início”, priorizando outros trechos que não o Ipojuca-Mimoso.
“Caso o governo do estado tivesse executado prioritariamente este trecho, com a conclusão do Ramal do Agreste, a água do Projeto São Francisco chegaria aos municípios contemplados nesta etapa da Adutora”, diz a pasta.
Em sua nota, a pasta não comentou o veto de Bolsonaro aos repasses em abril.
O ministério também acusa o governo estadual de omitir em suas divulgações que “90% dos recursos da Adutora do Agreste são repassados pelo governo federal.”