UM HINO À VERDADE
Poucos lembram de um marco no enfrentamento da pandemia, neste esplendente rio grande, terra indomada e gentil que na fúria da guerra, já domou até o astuto holandês.
Outros insolentes também já foram banidos deste pedaço com sol deslumbrante, uma orquestra de luz sobre o mar.
O esforço, mistério inda guarda mas ninguém pode negar:
Somos um território livre de fakenews.
Não fosse o tirocínio dos nossos governantes e a eterna vigilância dos ilustres parlamentares, teríamos enfrentando as sucessivas ondas de contaminação, num mar de mentiras e falsidades.
Há três anos, o governo do estado baixou, não se sabe de onde, nem em qual terreiro, um decreto proibindo a divulgação de notícias falsas sobre a pandemia, com multa de 25 mil reais para quem fosse apanhado na rede de arrastão das mídias sociais.
A câmara municipal da capital foi mais longe na legislação e transformou o espírito pouco democrático do ato discricionário da mandatária de origem popular, em lei, aprovada à unanimidade dos edis.
Mas abrandou o bolso do contribuinte enganador, permitindo a taxação em módicos um mil contos de réis ao mês.
Sem ainda ter tido suas vigências legais abolidas, os decretos transformaram nossas autoridades sanitárias em devedores de esclarecimentos à população:
1.
Se eram realmente falsas as informações que os decretos governamentais haviam proibido as visitas ao Castelo de Keulen e suspensas as atividades do teatro e da biblioteca na freguesia de Nova Amsterdã.
2.
Se foram legais as teleprescrições, e vis os honorários cobrados em likes, pelo ex-deputado, no YouTube.
3.
Se nos arcanos revoltos da história, estão registrados todos os resultados práticos da CPI da Ivermectina, na Assembleia Legislativa.
Passada a tormenta, de peito estufado de orgulho, continuamos cantando:
– Potiguares, é o povo senhor!
Hino Estadual do Rio Grande do Norte – “Hino Potiguar”
(Sem atualização temporal, este texto foi postado em 16/06/2021)