27 de abril de 2024
CoronavírusMemória

UM HINO À VERDADE

Forte dos Reis Magos (1638) – Frans Post – Museu do Louvre, Paris.

                                                                                   Poucos lembram de um marco no enfrentamento da pandemia, neste esplendente rio grande, terra indomada e gentil que na fúria da guerra, já domou até o astuto holandês.

Outros insolentes também já foram banidos deste pedaço com sol deslumbrante, uma orquestra de luz sobre o mar.

O esforço, mistério inda guarda mas ninguém pode negar:

Somos um território livre de fakenews.

Não fosse o tirocínio dos nossos governantes e a eterna vigilância dos ilustres parlamentares, teríamos enfrentando as sucessivas ondas de contaminação, num mar de mentiras e falsidades.

Há três anos,  o governo do estado baixou, não se sabe de onde, nem em qual terreiro, um decreto proibindo a divulgação de notícias falsas sobre a pandemia,  com multa de 25 mil reais para quem fosse apanhado na rede de arrastão das mídias sociais.

A câmara municipal da capital foi mais longe na legislação e transformou o espírito pouco democrático do ato discricionário da mandatária de origem popular, em lei, aprovada à unanimidade dos edis.                                                                         

Mas abrandou  o bolso do contribuinte enganador, permitindo a taxação em módicos um mil contos de réis ao mês.

Sem ainda ter tido suas vigências legais abolidas, os decretos transformaram nossas autoridades sanitárias em devedores  de esclarecimentos à população:

1.

Se eram realmente falsas as informações que os decretos governamentais haviam proibido as visitas ao  Castelo de Keulen e suspensas as atividades do teatro e da biblioteca na freguesia de Nova Amsterdã.

2.

Se foram legais  as teleprescrições,  e vis os honorários cobrados em likes, pelo ex-deputado, no YouTube.

3.

Se nos arcanos revoltos da história, estão registrados todos os resultados práticos  da CPI da Ivermectina, na Assembleia Legislativa.

Passada a tormenta, de peito estufado de orgulho, continuamos cantando:

Potiguares, é o povo senhor!

Carro de Bois (1638) Frans Post – Museu do Louvre, Paris

Hino Estadual do Rio Grande do Norte – “Hino Potiguar”

(Sem atualização temporal, este texto foi postado em  16/06/2021)

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