DFB FESTIVAL / Vítima de trabalho infantil emociona do desfile da UNP
POR AUGUSTO BEZERRIL
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Os alunos do curso de moda da Universidade Potiguar (UNP) levaram à passarela do DFB Festival uma coleção-manifesto contra exploração do trabalho infantil. Dona Maria Aciole – vítima do trabalho escravo nas lavouras de algodão do Rio Grande do Norte – serviu como imagem da coleção e foi ovacionada pelo público ao desfilar, sábado, na sala na Arena DFB, montada no Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza. A coleção é assinada pelos estudantes Daniel Augusto, Gabriela Pacheco, Floriano Luadomir, Conceição Sabadin, Branca Amaro e Giovana Aciole – neta de Dona Maria. O trabalho foi coordenado pela professora Aline Freire.
A coleção batizada por Imanências das Marias retrata a silhueta do período do século passado, os motivos dos retalhos e formas do fuxico em conexão com o nosso tempo tido pelos alunos como pós-modernos. A turma super pontuou no Concurso de Novos Talentos DFB Festival, considerado uma dos mais disputados de toda história da premiação do evento criado por Claudio Silveira em torno dos cursos de moda do Brasil. A Universidade Santa Marcelina de São Paulo ficou em primeiro lugar. Dona Maria viveu trabalhou em lavoura de algodão e viveu agruras da exploração do trabalho infantil. Hoje, ela é proprietária de um restaurante na praia da Redinha, litoral norte de Natal. Ao desfiar na igualmente icônica praia de Iracema de Fortaleza, Dona Maria foi aplaudida de pé pelos fashionistas do DFB Festival.
Fotos Roberta Braga
