13 de maio de 2024
Turismo

Ex-palestrantes do Fórum de Turismo do RN, Ana Clévia e Perugorria foram painelistas no Meeting Festuris, em Gramado

Evento sobre caminhos para o Turismo reuniu cerca de 200 pessoas, em cada manhã, em Gramado
Evento sobre caminhos para o Turismo reuniu cerca de 200 pessoas, em cada manhã, em Gramado

O Meeting Festuris, que reuniu painéis e palestras sobre Turismo, foi a parte técnica do evento que movimentou Gramado no fim de semana. O encontro que teve debates e discussões se realizou nas manhãs de sexta e sábado passados. Reuniu cerca de 200 pessoas em cada dia.

A programação foi aberta com o painel “Cidades Inteligentes e Experiências no Turismo”. Ana Clévia Guerreiro, do Sebrae Nacional, que já foi palestrante do Fórum de Turismo do RN, foi uma das debatedoras. Ao abrir o painel, ela lembrou que uma cidade inteligente precisa focar permanentemente na questão da segurança. “O grande desafio do turismo passa por questões de serviços como mobilidade e infraestrutura”. Ana Clévia citou Gramado como cidade-modelo.

Ao discutir o tema, Richard Alves, consultor de Turismo, destacou “Destinos Turísticos Inteligentes”, enquanto Pere Muñhoz Perugorria (também ex-palestrante no Fórum de Turismo do RN), consultor de Turismo da Espanha, falou sobre “A Experiência na Escolha dos Destinos”.

Na opinião de Richard Alves, o personagem central neste tema é o turista. “É ele que traz recursos, mas temos que dar a contrapartida, ou seja, serviços que atendam suas expectativas”. Citou os números de Turismo no Brasil e no mundo. “O brasileiro colocou o turismo na sua cesta de consumo e já mobiliza 70 milhões de viajantes. Isso mostra a força do mercado doméstico”.

Alves abordou ainda os benefícios econômicos e sociais que o setor traz para a cidade. “É importante que o destino tenha recursos alocados para investir e atrair investimentos”. Alertou porém sobre o impacto negativo sobre temas como meio ambiente e mobilidade urbana, entre outros. “O importante é ter uma boa gestão, de modo a trabalhar o equilíbrio entre os impactos positivos e negativos”.

Segundo o consultor, o impacto das tecnologias é uma realidade. “O perfil do viajante muda a cada dia. Eles têm mais informações disponíveis com o uso da internet. Temos que trabalhar então os canais disponíveis para sucesso mercadológico. Precisamos ser cada vez mais eficientes, inovadores e competitivos”, destacou.

Ao encerrar, citou as características dos chamados Destinos Inteligentes. “Contam com infraestrutura tecnológica que aborda temas como a sustentabilidade e pilares como abordagem do comportamento, captura de informações, engajamento e análise de dados. Mas não podemos esquecer como vamos interagir com o visitante. A capacidade de inovação tem que ser permanente. Temos que surpreender sempre com novos produtos e serviços, de modo a gerar resultado”, complementou. Ao final exibiu um vídeo sobre a Nova Zelândia como modelo de experiência.

O consultor Pere Muñhoz Perugorria iniciou sua apresentação ao lembrar que o objetivo do turista é ser feliz em sua experiência de viagem. “O turismo é a indústria da felicidade e o que precisamos oferecer ao visitante e ao habitante do destino é uma boa qualidade de vida. O Brasil só será um destino turístico de sucesso quando os brasileiros falarem bem do seu país, mas isso não acontece”.

Perugorria citou o exemplo da Europa, com o impacto do terrorismo e outros desafios. “Qualidade de vida diz respeito à melhoria na infraestrutura para moradores e turistas. Veja o caso de Barcelona, que vende uma experiência única e oferece serviços como 500 quilômetros de fibra ótica, festas internacionais, atrativos, compras, eventos esportivos”.

Em seguida, falou de Gramado como exemplo bem sucedido de qualidade de vida. Para Muñoz, é preciso buscar novas estratégias na criação de plataformas, conteúdos, análises nas redes, centros inteligentes e promoção.