Operação Judas: Duas filhas de desembargadores aparecem nas gravações de Carla Ubarana

A aparição do nome da advogada Tatianny Cruz, filha do desembargador Osvaldo Cruz, foi novidade para muitos que acompanham o desenrolar da Operação Judas. Mas, já circulava a informação de que Carla Ubarana teria tirado o escritório de Felipe Cortez de sua defesa exatamente pela ligação de Felipe com a filha do desembargador. Tatianny seria uma das beneficiárias do esquema dos precatórios do Tribunal de Justiça do RN. De acordo com matéria publicada pela Tribuna do Norte, “A ex-chefe do setor disse que ficou sabendo, dias antes de ser exonerada do cargo de confiança que ocupava, que a filha do desembargador Osvaldo Cruz, a advogada Tatianny Bezerra Cruz, recebia R$ 20 mil oriundos dos precatórios. O relato foi feito pela própria filha do desembargador à Carla Ubarana entre os dias nos quais a desembargadora Judite Nunes instaurou a Comissão de Sindicância para investigar as irregularidades identificadas na Divisão”. Outra filha de desembargador também aparece nos relatos de Carla. A filha do desembargador Caio Alencar teria informado sobre a investigação, antes da divulgação oficial.  
“A filha do desembargador Caio, Débora, avisou ao advogado Sebastião Leite que mandou avisar a Felipe Cortez que o que a gente pudesse transferir de bens, fizesse a transferência, porque os nossos bens iam sem seqüestrados”, disse Carla Ubarana em seu depoimento. Todos negaram essas afirmações. O desembargador Caio Alencar afirmou acreditar ser uma estratégia para desqualificar a comissão que investiga os desvios de precatórios no Tribunal de Justiça.