A HORA E A VEZ DO CORTICOIDE
Fonte: The Chicago Tribune
Esteróide amplamente disponível reduziu as mortes por COVID-19 em até um terço em pacientes gravemente doentes.
Por Marilynn Marchiori, para a Associated Press, 16 de junho de 2020
Pesquisadores na Inglaterra dizem ter a primeira evidência de que um medicamento pode melhorar a sobrevida na COVID-19.
Um esteróide barato e amplamente disponível , a dexametasona reduziu as mortes em até um terço nos pacientes hospitalizados egravemente enfermos.
Os resultados foram anunciados terça-feira e os pesquisadores disseram que os publicariam em breve.
O estudo é um teste grande e rigoroso em 2.104 pacientes que receberam aleatoriamente o medicamento e os comparou com 4.321 pacientes recebendo apenas os cuidados usuais.
O medicamento foi administrado por via oral ou através da veia. Após 28 dias, reduziu as mortes em 35% nos pacientes que precisavam de tratamento com aparelhos respiratórios e em 20% naqueles que precisavam apenas de oxigênio suplementar.
Não pareceu ajudar pacientes menos doentes.
“Este é um resultado extremamente bem-vindo”, disse um líder do estudo, Peter Horby, da Universidade de Oxford, em comunicado.
“O benefício de sobrevivência é e grande naqueles pacientes que estão doentes o suficiente para necessitar de tratamento com oxigênio.
A dexametasona deve agora se tornar padrão de atendimento nesses pacientes.
É droga barata, na prateleira, e pode ser usada imediatamente para salvar vidas em todo o mundo.
Embora a droga só ajude em casos graves, “inúmeras vidas serão salvas globalmente”, disse Nick Cammack, da Wellcome, uma instituição de caridade britânica que apóia a pesquisa científica.
“A dexametasona agora deve ser acessível a milhares de pacientes graves em todo o mundo”, disse Cammack, que não participou do estudo.
“É altamente acessível, fácil de fabricar, pode ser ampliado rapidamente e precisa apenas de pequena dose “.
Comentário do TL:
A dexametasona faz parte dos protocolos adotados nas UTIs dos hospitais potiguares.
A dexametasona? E eu achando que a droga deste século havia sido prescrita pelo presidente da república brasileira.
Se só serve pada pacientes em estado grave, então a automedicação fica longe. Em teoria.
Há médicos infectologistas prescrevendo corticoides orais para pacientes que não precisam hospitalização.
Esta droga deve ser tomada sob orientação médica.
Dosagens, duração e descontinuidade do tratamento requerem atenção especial.
Cada vez mais se percebe que não há tratamentos simples para doenças complexas.
Suas postagens sobre medicações, experiências, são ótimas e esclarecedoras.