27 de abril de 2024
Imprensa Nacional

Ex-presidente Bolsonaro presta depoimento sobre suposta fraude em cartões de vacina

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 16, na investigação sobre um esquema de fraudes em dados de vacinação da covid-19.

Bolsonaro é o principal investigado no inquérito.

A PF já identificou que os certificados de imunização do ex-presidente e da filha dele, Laura, foram adulterados. O celular pessoal de Bolsonaro foi apreendido.

Ele nega ter se vacinado. A primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que Laura também não foi imunizada contra a covid-19.

O ex-presidente deve ser questionado sobre quem tinha acesso à sua conta no aplicativo ConecteSUS. A plataforma foi usada por um computador registrado no Palácio do Planalto para emitir os cartões falsos de vacina em nome de Bolsonaro.

A PF identificou ainda um acesso ao perfil pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso preventivamente na Operação Venire.

O e-mail funcional do ex-ajudante de ordens estava vinculado ao perfil de Bolsonaro na plataforma. O e-mail pessoal do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República, também foi usado, em uma atualização do cadastro – o que na avaliação dos investigadores enfraquece a versão de que Mauro Cid agiu sozinho. Câmara continuou assessorando Bolsonaro após o governo.

LOCAL DAS VACINAS 

A Polícia Federal investiga três registros falsos de vacinação contra a covid-19 inseridos no cartão do ex-presidente. As vacinas, que segundo a PF nunca foram aplicadas, constam como tendo sido ministradas em Duque de Caxias (RJ) e em São Paulo. Bolsonaro deve ser perguntado sobre onde estava nas datas.

Laura

O certificado de vacinação contra a covid-19 da filha mais nova do ex-presidente, Laura Firmo Bolsonaro, de 12 anos, foi emitido em inglês pelo aplicativo ConecteSUS no dia 27 de dezembro de 2022, um dia antes dela embarcar para Miami, nos Estados Unidos.

A Polícia Federal defende que o ex-presidente e a ex-primeira-dama respondam pela falsificação do certificado de vacinação da filha. Isso porque Laura é menor de idade. A PF pretende questionar Bolsonaro sobre as fraudes envolvendo a adolescente.

Fonte: Estadão 

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