4 de maio de 2024
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Solidariedade: reeducandos do “Caminhos da Justiça” doam contribuição à policial que adotou cinco filhos

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Reeducandos, assistidos e atendidos pelo programa Caminhos da Justiça, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) realizaram um gesto que serve de exemplo para toda a sociedade potiguar e não somente para tempos de pandemia. Solidariedade, desprendimento e atenção com o outro estão presentes nesta ação. Sensibilizados com o gesto de amor da policial civil Flaviana Bezerra, que após atender a uma ocorrência de homicídio em agosto de 2018, decidiu adotar os cinco filhos da vítima do crime, registrado em Parnamirim. Eles decidiram contribuir financeiramente com a profissional da segurança pública, com soma em dinheiro, entregue pelo reeducando Manoel Bernardes em nome dos colegas, a esta mulher e mãe que não mediu consequências para adotar todo o grupo de irmãos e um neto. O ato ocorreu nessa quinta-feira (03), na 10ª Vara Criminal, unidade judiciária que tem à frente a juíza Lena Rocha, criadora e coordenadora do programa “Caminhos da Justiça”, do Poder Judiciário do RN, que apoia egressos do sistema penal e suas famílias, desde 1997.

A iniciativa serve para demonstrar que a sociedade pode se ajudar, se dar as mãos, de várias formas, cenário onde não há espaço para preconceito, intolerância nem apatia diante das adversidades. A entrega desta contribuição ocorreu com observância aos protocolos sanitários relacionados à Covid-19, sem aglomeração e com o uso de máscaras. Cada participante do programa doou espontaneamente o valor de R$ 5,00 e com tantas adesões foi possível reunir ao todo R$ 500,00, doados de forma fraterrna à policial. Vendo à primeira vista, alguém poderia dizer que é pouco. Mas não é. Em um primeiro olhar, muitas cédulas de mesmo valor reunidas. Entre elas residem fortes traços de humanidade, pertencimento e altruísmo.

Para a coordenadora do “Caminhos da Justiça”, juíza Lena Rocha, estas são atitudes solidárias que se cruzam, se interligam. “O gesto dos reeducandos é de uma dignidade que serve de ensinamento aos seres humanos, pois são pessoas que também são vítimas e com muita sensibilidade enxergam a situação do semelhante, ajudando a quem foi vítima de outros”, salienta a magistrada.

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